quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Rosário Breve - Da esTSUpidez toninha e do antídoto para ela por Daniel Abrunheiro


Diz-me que coleira trazes ao pescoço, dir-te-ei que espécie de cão trazes ao(s) pé(s).

É o que me ocorre considerar à vista dos “especialistas” a que recorre e de que se socorre o nosso primo-ministro para decidir coisas mínimas como chá sim ou não ao desjejum e upa 15 por cento de desempregados upa upa. É o caso do esTSUpido-mor chamado Borges. Ou Toninho, para os amigalhaços de colarinho branco de cujo monturo irreciclável a sua triste figura emana como um miasma febricitante.

Nimba-o a aura equívoca dos predestinados ao disparate grosso, à aleivosia malsã, à dispepsia moral e à tendência para engelhar. Lacra-lhe a testa o ferrete irremovível da abstrusidade a mais córnea. Os bracinhos, mexe-os por arames, cujo oculto títere é esse papão da nossa sopa de eternas crianças chamado Capitalismo Selvagem. Os pés dele são botos e calcinados do uso excessivo da alcatifa eléctrica, para além de esburacados de zagalotes auto-infligidos . A boca, de que surdem os tais tiros direitinhos aos pés dele e aos pés do patrão dele, é uma fenda má que só apetece beijar com babas de cianeto.

É destas pardas eminências que devemos todos livrar-nos de vez à viva voz, antes que elas dêem de vez cabo de nós.

Ao inócuo Sampaio, mandámo-lo para Guimarães forrar um balúrdio à conta da “cultura” boa para papa & bolo de espanta-parolo.

Ao católico Guterres, mandámo-lo a ser bonzinho no meio das tendas da caridade ao vento de restos do deserto do quintal traseiro da ONU.

Ao rotundo Soares, não o mandámos para lado algum porque ele já lá foi pelos menos três vezes no avião presidencial que a gente pagou, paga e há-de pagar.

Ao inapreensível (ou inimputável) Sócrates, mandou-nos ele de Paris saber que a Sorbonne não é nenhuma Lusófona ainda mas para lá caminha à mecha toda.

Mas a este Toninho, que, que a gente saiba, ninguém elegeu fosse para o que fosse, mandamo-lo para onde? (Sim, leitor, eu sei que resposta se te configurou, cerce e mortífera, na tua boca calada de mirone de última página. Concordo contigo, sempre te digo.)

Ontem à noite, abordando as primícias desta crónica, dei por mim acidulando sentenças talvez desmoralizantes do tipo: “Deveríamos todos ajoelhar-nos ante o Passos Coelho. Porquê? Porque ninguém muda um pneu furado de pé.” Ou aquela que descobria que o Guterres vai voltar a ser nosso Primeiro: como foi para os Refugiados, mais dez milhões não hão-de fazer grande diferença ao santinho. Ou aquela ainda que assentava que é mau gastar o Tempo a Gaspar o futuro.

E à guisa de epílogo, aquela mais confiante e mais combativa que reza assim: “Quantos mais passos na rua, menos coelhos na toca.”

E é claro que quando digo “coelhos”, também digo “toninhos”.

O que é preciso é que seja depressinha.

E de vez, chiça.

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