ALESSANDRO GATTO
Allessandro Gatto é um artista italiano
multifacetado, natural de Castelfranco, Veneto (1957), que aborda na sua
criatividade, não apenas a pintura, como o design gráfico, a ilustração e o
humor gráfico. “Freelancer” por opção de vida, já que a liberdade criativa é o
seu lema, tem trabalhado no campo do design para múltiplas empresas privadas e
públicas de Itália e resto do mundo (EUA, Canadá, México, Argentina,
Inglaterra, Alemanha, Grécia, Argélia…). Uma internacionalização que abarca
também as suas outras atividades plásticas. Como ilustrador, ou humorista, esta
liberdade que igualmente domina, ao não se render apenas a um meio, a um
periódico, espalhando a sua criatividade por diversos jornais, revistas e sites
de todo o mundo.
É nesta característica universalista que
o seu humor se impõe, destacando-o como um dos artistas mais premiados nos
Salões Internacionais de Humor (onde agora também, por vezes, passa para o
outro lado da linha, sendo júri), com cerca de uma centena de galardões conquistados
em certames do Azerbeijão, Bélgica, Canadá, China, Chipre, Colômbia, Espanha,
India, Irão, Itália, Luxemburgo, Montenegro, Portugal, Polónia, Rep. Checa,
Roménia, Síria, Turquia e Ucrânia.
Para além da força filosófica do seu
pensamento crítico-humorístico em que, prescindindo da palavra nos surpreende
constantemente com a sua imagética cenográfica, onde o surrealismo paródico tem
um papel importante, há a destacar o piso pictórico na sua obra. A plasticidade
da sua pincelada expressionista, numa paleta de cores fortes, faz com que a
cenografia se imponha como a estrutura básica da sua comunicação humorística.
Cenógrafo do quotidiano, pela irreverência na leitura da vida, não é um artista
do cómico, do gag, antes da ironia, do humor introspectivo. Gatto, com as suas
unhas do pensamento irónico, arranha o brilho do politicamente correto,
mostrando-nos que há mais mundos para além do mundo e que pode haver mais leituras para além das
aparências.
Pela sua carreira, pela sua riqueza
plástico-cenográfica, pela sua intervenção filosófica na narrativa gráfica, o
24º FIBDA outorga-lhe o Prémio AmadoraCartoon / 2013.
O.M.S.
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