O seminário Portugal Contemporâneo:
História e Património é composto por um conjunto de sessões organizadas em três
categorias: tipologias, equipamentos associados às práticas de cultura e
estudos de caso. As sessões são compostas pela exposição
de especialistas seguidas de debates.
Série IV - Artes do Espectáculo. Património em Portugal
Série IV - Artes do Espectáculo. Património em Portugal
Local: Universidade Nova - FCSH/Edifício
ID - Sala 0.06 (Av. Berna 26 – Lisboa)
2 Dezembro 2015
A caricatura e as artes do espetáculo em Portugal
Osvaldo Macedo de Sousa
A caricatura e as artes do espetáculo em Portugal
Osvaldo Macedo de Sousa
Analisando a
caricatura / cartoon e a sua génese criativa, descobrimos quão importante é a
questão dramatúrgica. O artista ao observar o momento, as notícias que correm
no fluxo constante da vida / comunicação social, tem de selecionar o que lhe
parece mais pertinente para a sua análise filosófica e para o público. Captada
a ideia base e desconstruída nos artifícios humorísticos da abstração, esta tem
de ser materializada pela teatralização gráfica, não só cenográfica, como
também dramatúrgica dos heróis intervenientes. Pode-se dizer que o cartoonismo
é uma arte cénica, na reinterpretação do espectáculo do quotidiano?
Sabendo como
sabemos que uma imagem é, podendo contudo não ser o que aparenta, é nossa
função explorar este património para descobrir os porquês. A imagem histórica
não interessa apenas pelo que representa, mas por tudo o que a envolve, na sua
relação com o mundo, desde o autor até ao leitor, passando pelo intérprete. O
desafio do historiador está em chegar ao que não está explícito, e mesmo ao que
não está implícito, ultrapassando a superfície e ver através dela, recompondo o
discurso entre o passado e o presente. Muitas das vezes, a mensagem é falsa,
manipulada pelo poder, pela comunicação social, ou por outros interesses.
Na
realidade, para o historiador não importa se a imagem mente, porque o
importante é saber se mente e saber porque mente, como e porque foi alterada,
com que fim foi encenada essa realidade. De todas as formas, como documento,
como património histórico gráfico, a caricatura / cartoon continua a ser um dos
melhores elementos arqueológicos para se conhecerem, não só os factos
noticiosos, mas também a História sentida, vivida de uma época e o pensamento
da sociedade contemporânea.
Osvaldo Macedo de Sousa é natural do Porto (1954). Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Especializou-se no campo do humor gráfico. Realizou conferências em algumas instituições de ensino portuguesas, bem como em universidades de Espanha, França, Alemanha, Polónia, Chipre, Turquia, Costa Rica e Brasil.
Organizou mais de 4 centenas de exposições por todo o país, como também em Espanha, França, Croácia, Turquia, Dinamarca, Brasil, Costa Rica, Macau… e, consequentemente, editou, para essas exposições, mais de três centenas de álbuns e livros ("História da arte da Caricatura de imprensa em Portugal", “Crónicas d’um Stuart”, “Iconografias da Censura na Caricatura Portuguesa”, “Raphael Bordallo Pinheiro o Cidadão e o Artista”, "Humores ao fado e à Guitarra", “Esse ser Comediante”, “João Abel Manta Obra Gráfica”, “O Modernismo pel’ O Humorismo”, “Vozes Líricas do séc. XX”, “As Caricaturas da Primeira República”, “O que é o Humor Gráfico?”, “Artistas Portugueses na Grande Guerra”….) editados em Portugal, Espanha, Eslovénia, Moçambique, Brasil. Curador de exposições nos Museus Rafael Bordalo Pinheiro, da República e Resistência, Leal da Câmara, Museu Nac. da Imprensa, da Água, Amadeo de Souza Cardoso, Grão Vasco, Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, Museu Nac. do Teatro, Fund. Gulbenkian, entre tantos.
Foi director da Galeria Stuart (1984/5); da Casa do Humor em Lisboa (1989/90). Comissário Nacional das Comemorações dos 150 Anos da Caricatura em Portugal (1997); do AmadoraCARTOON no AmadoraBD (desde 1999); MouraBD (1995/2013); Bienal de Caricatura de Ourense (de 1996 a 2009), Fundador e Director do Salão Nacional Humor de Imprensa (1987/2006); Salão Livre de Humor Nacional (1998 - 2003); do primeiro PortoCARTOON (em 1998); Salão Luso-Galaico de Caricatura - Vila Real (desde 1997); Fest. Int. Humor de Praia - Espinho (em 2000); Bienal de Humor Raiano - Idanha-a-Nova (2002 e 04); Bienal de Humor Luiz d’Oliveira Guimarães – Penela (desde 2008). Membro de Júris de Festivais Internacionais em Portugal, Espanha, França e Chipre.
Osvaldo Macedo de Sousa é natural do Porto (1954). Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Especializou-se no campo do humor gráfico. Realizou conferências em algumas instituições de ensino portuguesas, bem como em universidades de Espanha, França, Alemanha, Polónia, Chipre, Turquia, Costa Rica e Brasil.
Organizou mais de 4 centenas de exposições por todo o país, como também em Espanha, França, Croácia, Turquia, Dinamarca, Brasil, Costa Rica, Macau… e, consequentemente, editou, para essas exposições, mais de três centenas de álbuns e livros ("História da arte da Caricatura de imprensa em Portugal", “Crónicas d’um Stuart”, “Iconografias da Censura na Caricatura Portuguesa”, “Raphael Bordallo Pinheiro o Cidadão e o Artista”, "Humores ao fado e à Guitarra", “Esse ser Comediante”, “João Abel Manta Obra Gráfica”, “O Modernismo pel’ O Humorismo”, “Vozes Líricas do séc. XX”, “As Caricaturas da Primeira República”, “O que é o Humor Gráfico?”, “Artistas Portugueses na Grande Guerra”….) editados em Portugal, Espanha, Eslovénia, Moçambique, Brasil. Curador de exposições nos Museus Rafael Bordalo Pinheiro, da República e Resistência, Leal da Câmara, Museu Nac. da Imprensa, da Água, Amadeo de Souza Cardoso, Grão Vasco, Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, Museu Nac. do Teatro, Fund. Gulbenkian, entre tantos.
Foi director da Galeria Stuart (1984/5); da Casa do Humor em Lisboa (1989/90). Comissário Nacional das Comemorações dos 150 Anos da Caricatura em Portugal (1997); do AmadoraCARTOON no AmadoraBD (desde 1999); MouraBD (1995/2013); Bienal de Caricatura de Ourense (de 1996 a 2009), Fundador e Director do Salão Nacional Humor de Imprensa (1987/2006); Salão Livre de Humor Nacional (1998 - 2003); do primeiro PortoCARTOON (em 1998); Salão Luso-Galaico de Caricatura - Vila Real (desde 1997); Fest. Int. Humor de Praia - Espinho (em 2000); Bienal de Humor Raiano - Idanha-a-Nova (2002 e 04); Bienal de Humor Luiz d’Oliveira Guimarães – Penela (desde 2008). Membro de Júris de Festivais Internacionais em Portugal, Espanha, França e Chipre.
Portugal
Contemporâneo: História e Património
Coordenação:
Carlos Vargas e Maria Fernanda Rollo
Opção livre aberta a todos
os cursos de Doutoramento (3o ciclo – 10 ECTS)
Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas - UNL, Edifício ID
Série IV
Artes do Espectáculo. Património em Portugal
Sempre às quartas-feiras das 18h às 20h Local: Avenida de Berna, 26 | FCSH/Edifício ID | sala 0.06
Artes do Espectáculo. Património em Portugal
Sempre às quartas-feiras das 18h às 20h Local: Avenida de Berna, 26 | FCSH/Edifício ID | sala 0.06
O seminário Portugal
Contemporâneo: História e Património tem como objectivo caracterizar, analisar
e reflectir sobre o património português, abrangendo as suas múltiplas
naturezas e diversas manifestações, na sua inter-relação com a história
contemporânea - para o estudo da qual constitui uma inestimável fonte de
conhecimento e compreensão.
Visa-se promover o conhecimento
e a compreensão do património, nas suas múltiplas feições e dimensão universal,
como reflexo e fonte para a história contemporânea portuguesa; identificar,
estudar e valorizar dimensões múltiplas do património nacional na grandeza da
sua riqueza e diversidade; captar e valorizar o conhecimento da realidade local
e regional, entendida também como valor estratégico, garante da integridade da
memória e da identidade nacional.
Cada uma das sessões
dedicar-se-á ao estudo de uma determinada realidade patrimonial, material ou
imaterial, contextualizando-a historicamente, caracterizando-a, compreendendo a
sua inserção e relação com o Estado (administração central e administração
local), com os diversos patrimónios, as questões suscitadas pela sua preservação
e conservação e o desenvolvimento de práticas de cultura associadas, promovendo
a reflexão a sobre a sua inter-relação com a própria história contemporânea.
Procurar-se-á
apresentar uma visão transversal e diversificada do património nacional,
compreendendo, designadamente, a observação de diversas tipologias, estudos de
equipamentos associados às práticas de cultura e estudos de caso, em quaisquer
circunstâncias numa perspectiva problematizante e em muitos casos, no quadro de
análises inter e pluridisciplinares.
Pretende-se também
estimular o estudo e promover a investigação histórica de um legado de enorme
riqueza, que cruza áreas tão diversificadas como o património edificado, os
equipamentos e recursos materiais com intervenção humana (cultural, artístico
mas também científico, tecnológico…), ou o património imaterial (música, dança,
língua…) que representa, a par do seu valor intrínseco, por um lado, um recurso
fundamental para análise e aprofundamento da história contemporânea do País,
abarcando evidentemente a história local, chamando a atenção, noutro sentido,
para a importância do seu estudo à luz do conhecimento histórico.
A diversidade dos
temas garante a riqueza da análise, decorrente do cruzamento de contribuições
múltiplas, no campo socio-cultural, artísitico, político, económico,
industrial, técnico, científico, visando-se estimular e valorizar a prática das
análises de práticas e conteúdos inter-disciplinares e mesmo a sua contribuição
para o aprofundamento dos estudos locais ou regionais, da história comparada –
à escala nacional ou internacional – das mobilidades, das infraestruturas, das
relações políticas, económicas, sociais e culturais…
O estudo, a
valorização e a divulgação do património, para além do que significa enquanto
objecto artístico, material ou cultural, é de inestimável significado enquanto
reflexo da história do País, na qualidade de fonte relevante para a sua
compreensão, para a escrita da história de Portugal Contemporâneo.
O Seminário é composto
por um conjunto de sessões organizadas em três categorias: tipologias,
equipamentos associados às práticas de cultura e estudos de caso.
Perspectiva-se a abordagem das
seguintes temáticas a partir da exposição de especialistas nas diversas áreas
em sessões comentadas e segui
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