Camilo Fialho Barata deixou-nos aos 64 anos.
Pedagogo, homem da cultura, investigador, pensador, escritor, coleccionador, produtor, desenhador, caricaturista, neto e filho de tipógrafo era um dos filhos dilectos de Leiria.
Faleceu hoje, dia 2 de Janeiro, no Hospital de Santo
André, em Leiria, onde estava internado, ao final da manhã.
Ao longo de toda a sua vida, Camilo Barata abraçou a
vocação da pedagogia e fez da conversa a sua principal ferramenta. Foi
professor de Ciências e Matemática e director do Agrupamento de Escolas dos
Marrazes (Leiria) e cada sílaba saída da sua boca era sempre uma desculpa para
encetar uma nova narrativa sobre as gentes de valor das terras do Lis.
Nasceu em 1954 e costumava dizer que era de Leiria, sendo que,
só não nasceu na cidade, por mero acidente. “Nasci na clínica da fábrica da
Maceira-Liz, às mãos do doutor Luís Schreider Bandeira. Era um médico
importante e a minha geração teve muitos iguais nascidos na Maceira, onde ele
era o director da Casa do Pessoal da empresa”, contou ao JORNAL DE LEIRIA em
Março de 2014.
Neto e filho de tipógrafo, as letras, tipos, prensas e
tintas faziam parte do seu ADN familiar, desde que António Mendes Barata, o
avô, foi escovar vestidos, na tipografia do mestre Trindade, de Leiria.
“O historiador da imprensa, Américo Cortez Pinto escreveu
que o meu pai era um dos cinco melhores compositores tipográficos portugueses
vivos”, conta.
A Tipografia Mendes Barata abriu portas em 1917, na praça
Rodrigues Lobo e ali se manteve até meados dos anos 90, quando se mudou para
Marrazes, acabando por sucumbir à voracidade dos novos modelos de negócio.
Camilo Barata era tambe, caricaturista tendo estado presente em várias Festas da Caricatura organizadas por Zé Oliveira em Leiria
Caricaturas desenhadas por Camilo em 1992 de Zé Oliveira e Osvaldo Macedo de Sousa
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