Uma Organização: Câmara Municipal de Penela / Junta
de Freguesia do Espinhal
Com o apoio da Fundação Luiz d’Oliveira Guimarães
Uma Produção: Humorgrafe - Director Artístico:
Osvaldo Macedo de Sousa (humorgrafe.oms@gmail.com)
A Bienal onde o humor
não necessita de cores, apenas um sorriso, inteligência filosófica e uma cor
simples e directa – o negro e seus matizes.
1 - Tema:
a)“O Ciclo da Vida” - convidamos os artistas de todo o mundo a filosofarem
sobre a existência, como cada cultura enfrenta a vida e a morte, que simbologias
rituais fazem para superar o terror à incógnita do além. A morte é apenas uma
meditação do que é a vida, ou uma anedota que nos amedronta o quotidiano da
eternidade? Não desejamos viver aqui a morte, mas homenagear a vida com humor e
optimismo em momentos, como o de 2018 em que é evocada o centenário do
Armistício da Grande Guerra de 1914/18, a mãe de todas as outras guerras que se
tem desenvolvido ao longo do séc. XX e que hoje através do dito terrorismo de
fundamentalistas, continua presente na sociedade contemporânea. Como louvar a perenidade
do espírito, em vez de cultivarmos uma sociedade que financia a morte da
humanidade e do planeta?
b) Caricaturas
de Leonor d’Oliveira Guimarães (nora de L.O.G) que foi a impulsionadora
desta Bienal
2 - Aberto à participação de todos os artistas
gráficos com humor, profissionais ou amadores.
3 – Data
Limite: 10 de Junho de 2018. Devem ser enviados para humorgrafe.oms@gmail.com, humorgrafe@hotmail.com ou humorgrafe_oms@yahoo.com (No caso de não receberem confirmação de recepção,
reenviar de novo SFF).
4 - Cada artista pode enviar, via e-mail em formato
digital (300 dpis formato A4) até 4 trabalhos monocromáticos (uma
só cor com todos os seus matizes – não
são aceites desenhos a 2, 3 ou 4 cores –aberto a todas as técnicas e
estilos como caricatura, cartoon, desenho de humor, tira, prancha de bd (história num prancha
única)... devendo estes vir acompanhados com informação do nome, data de
nascimento, morada e e-mail.
5 - Os trabalhos serão julgados por um júri
constituído por: representantes da Câmara Municipal de Penela; representante da
Junta de Freguesia do Espinhal; representante da família Oliveira Guimarães;
pelo Director Artístico da Bienal; um representante dos patrocinadores, um
representante de comunicação social local e um a dois artistas convidados,
sendo outorgados os seguintes Prémios:
1º Prémio da VI BHLOG- 2018 (€ 1.800)
2º Prémio da VI BHLOG- 2018 (€ 1.300)
3º Prémio da VI BHLOG- 2018 (€ 800)
Prémio Caricatura da VI BHLOG- 2018 (€1.000)
O Júri, se assim o entender, poderá conceder “Prémios
Especiais” António Oliveira Guimarães, Leonor Oliveira Guimarães, Município de
Penela, Junta de Freguesia do Espinhal e Humorgrafe), a título honorífico, com
direito a troféu.
6 - O Júri outorga-se o direito de fazer uma selecção dos
melhores trabalhos para expôr no espaço disponível e edição de catálogo (o qual
será enviado a todos os artistas com obra reproduzida).
7 – A Organização informará todos os artistas por e.mail
se foram selecionados para a exposição e catálogo, e quais os artistas
premiados. Os trabalhos premiados com remuneração, ficam automaticamente
adquiridos pela Organização. Os originais dos trabalhos premiados deverão ser
entregues à Organização (o original em trabalhos feitos a computador é um print
de alta qualidade em A4, assinado à mão e numerado 1/1), porque sem essa
entrega, o Prémio monetário não será desbloqueado.
8 - Os direitos de reprodução são propriedade da Organização,
logo que seja para promoção desta organização, e discutidos pontualmente com os
autores, no caso de outras utilizações.
9 - Para outras informações contactar o Director
Artístico: Osvaldo Macedo de Sousa (humorgrafe.oms@gmail.com) ou V Bienal de Humor Luís d’Oliveira Guimarães,
Sector de Cultura, Câmara Municipal de Penela, Praça do Município, 3230-253
Penela - Portugal.
10 - A VI Bienal de Humor Luís d’ Oliveira Guimarães –
Espinhal/Penela 2018, Inaugura dia 1 de Setembro no Centro Cultural do
Espinhal, podendo contudo ser também exposta em outros locais a designar.
Nomes / Name: …… …………… ………… ………… … … … …… …… ……… ……… …………………..
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E.mail: ……………………………………………………………………………………
Morada / Adress:
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Obras /
Works :
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Aceito as
condições do Regulamento / I accept the conditions of Rules
Assinatura / Signature
VI Bienal de Humor Luiz d’Oliveira Guimarães – Espinhal / Penela 2018
O Ciclo da Vida - HUMOR É VIDA E TRANSFORMAÇÃO
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
O sonho de qualquer humorista, ou cómico, é
que alguém morra de riso com as suas
intervenções. Na realidade não há melhor morte
que a que se vive com o sorriso na alma, com a gargalhada no coração,
desintoxicando o azedume, o avinagrar da idade e do quotidiano, contudo só o
termo “morte” assusta, é um tema tabu.
O que é para cada um de nós a “morte”? Se não
falarmos dela nunca a encaramos e nunca sorrimos com ela, frontalmente,
irreverentemente, despreocupadamente, como se deve viver com todo o nosso
quotidiano. Acreditas
na Vida depois do Parto?
Um simples alento separa os conceitos da
morte e da vida, quando a incógnita os une numa linha de transmutação. A
filosofia milenar há muito nos ensina que nada morre tudo se transforma, em
diferentes fôlegos de energia viva e revigorante. O que separa um estado do
outro é apenas o medo. No primeiro, esse sentimento claustrofóbico deixa de
existir e no segundo nos condiciona.
Não há melhor forma de enfrentar os medos, as
preocupações e opressões que com o humor, não só porque este lhes dá uma nova
luz, como nos obriga a enfrentar a realidade sem as sombras dos costumes e as
burkas das educações castrantes. A sorrir, a rir, a pensar com filosofia humorística
não há medos mas irreverência e segurança, não há opressão mas ousadia e
liberdade.
Há vida? Há morte? O que é que nos ultrapassa
no quotidiano? A preocupação do futuro, a saudade do passado e a não vivência
do presente, dominado por aqueles sentimentos castradores. Porquê tanto medo da
dita morte carnal, se tudo não passa de uma ilusão grotesca, macabra imposta
por educações apocalípticas e pessimistas?
Comicamente os que se dizem Ateus, graças a
Deus, acabam por ser os mais espiritualistas porque ACREDITAM que após a
passagem terrestre integram o NADA, do EU, passando ao NÃO EU, ou seja, são
utopistas que não se querem sujeitar às passagens de crescimento, integrando de
imediato o NADA ABSOLUTO, o absoluto divino, o NÃO SER para SER na energia
primordial.
É no sorriso que encontramos a vida, a
ressurreição do humor como verdadeira essência do quotidiano em que a
degradação, a perenidade e a morte se transformam em energia revigorante do
dia-a-dia, sem medos, sem temores porque não há maior sensação de liberdade que
uma boa gargalhada, que enfrentar o espelho e aceitarmo-nos como somos, nessa
energia eterna no optimismo.
A morte acaba por ser a caricatura da vida,
aquele reflexo grotesco que nos mostra como somos todos iguais, porque nesse
estado não há ricos nem pobres, não há raças nem religiões, vivendo-se antes na
igualdade e simplicidade humorística.
Todos os dias nos desaparecem da vista, do
tacto, seres queridos, como aconteceu recentemente com uma das grandes almas
desta Bienal, Leonor de Oliveira Guimarães contudo, ela mantém-se presente numa
outra dimensão, como tem acontecido com António Oliveira Guimarães que também
foi um dos promotores, sem ter conseguido, fisicamente, ver a concretização da
Bienal, não esquecendo referir a presença do mentor de todas estas
irreverências, o nosso Luíz.
É esse universo de dimensões, de pensamentos,
de conceitos, de vivências paralelas que queremos aqui revalidar ao usar este
tema como mote da VI Bienal Internacional de Humor. Enquanto acreditarmos nos
valores, no espírito que impulsiona a criação, ele não morre, subsiste não
apenas na esperança mas na concretização de sorriso, de cumplicidades. A dita
morte não nos assusta, apenas nos incentiva a rirmo-nos com o presente e a usar
a filosofia do espírito como alento de vida, de ressurreição no quotidiano.
Como é que cada artista, cada cultura, cada
povo ri com a morte e com a vida? Só os artistas nos podem responder e é isso
que os desafiamos – falem-nos do vosso ponto de vista e da vossa cultura da
morte como triunfo da vida, da vida como algo mais importante que o conceito da
morte. O importante não é saber se há vida pós-mortem
mas, se há vida apesar da obsessão com a morte.
Não há desrespeito rir com a “morte”, antes
uma homenagem à vida, razão pela qual no imediato após o desaparecimento
físico, nos recordamos mais das boas memórias que das más, talvez o único
momento em que a tragédia é ultrapassada pelo optimismo da memória.
Uns dizem que é humor negro, mas como pode
ser negro se todos os que tiveram experiências pós-mortem falam da luz? Choramos pelos que partem ou pelos que
ficam? Não será mais negra a comicidade sobre o nosso quotidiano, razão pela
qual se faz humor para nos dar luz e força para o superar? É mais fácil viver
na tragédia porque dá mais trabalho estar constantemente alegre, optimista e
filosofar com espírito.
Luíz d’Oliveira Guimarães foi um irónico da
vida que preferiu ignorar a morte até aos 98 anos, nunca escrevendo sobre este
tema. Por pavor ou por sabedoria? Na realidade, ninguém lhe escapa porque todos
a temos de enfrentar na linha da transformação morfológica da matéria desde que
nascemos e se uns a ignoram, outros cultivam-na, como é o caso da cultura
mexicana. Todos nos transformamos ao longo das vidas e se assim tem de ser,
pelo menos que seja com humor.
A
morte é apenas uma meditação do que é a vida, ou uma anedota que nos amedronta
o quotidiano da eternidade? Não desejamos viver aqui a morte, mas homenagear a
vida com humor e optimismo em momentos, como o de 2018 em que é evocado o
centenário do Armistício da Grande Guerra de 1914/18, a mãe de todas as outras
guerras que se tem desenvolvido ao longo do séc. XX e que hoje através do dito
terrorismo de fundamentalistas, continua presente na sociedade contemporânea. Dessa forma, meditar
como o egocentrismo e a megalomania de uns poucos, pode trazer a morte a tantos
milhões. Como a ganância economicista (que existe e incentiva qualquer guerra)
de grupelhos pode ser a miséria de muitos mais. Qualquer motivação ideológica
que esteja na base da morte ou de uma guerra não passa de uma irracionalidade
humana, de um acto doentio de uma sociedade perdida entre o suicídio e a
destruição. Uma primeira guerra que se prolongou nos tempos com as guerras
subsequentes e se mantém um pouco por todo o mundo, de forma declarada ou feita
terrorismo. Devemos ter medo da morte ou enfrentá-la abertamente sem medos e
temores? Como louvar a perenidade do
espírito, em vez de cultivarmos uma sociedade que financia a morte da
humanidade e do planeta?
Como subtema, no âmbito do retrato-charge,
vamos criar outro espaço de homenagem à vida, com o concurso de caricaturas de
Leonor Oliveira Guimarães (nora de L.O.G) que foi a impulsionadora desta Bienal
(para ajudar os artistas, enviaremos algumas fotos).
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