sexta-feira, 21 de abril de 2017
quarta-feira, 19 de abril de 2017
CartoonXira 2017 inaugura dia 22 pelas 18h em Vila Franca de Xira
CARTOONXIRA 2017
| No próximo sábado dia 22 de Abril às 18h, no Celeiro da Patriarcal em Vila Franca de Xira, inaugura a exposição, Cartoons do ano com vários cartoonistas portugueses e o convidado internacional é o Quino.
| No próximo sábado dia 22 de Abril às 18h, no Celeiro da Patriarcal em Vila Franca de Xira, inaugura a exposição, Cartoons do ano com vários cartoonistas portugueses e o convidado internacional é o Quino.
domingo, 9 de abril de 2017
Fotos da inauguração da exposição de MMS (Margarida Macedo de Sousa) "Impressões de um Microcosmos" no espaço Atmosfera M (Rua Castilho 5 Lisboa), cuja exposição está patente até 28 de Abril
A artista (Margarida Macedo de Sousa) com o irmão (António Barroso Cruz) e marido
A artista (Margarida Macedo de Sousa) com convidados
A artista (Margarida Macedo de Sousa) com convidados
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Exposição de fotografias de mms (Margarida Macedo de Sousa) no espaço Atmosfera M Rua Castilho 5 Lisboa até 28 de Abril
Quem quiser navegar no sonho floral, na alma da natureza através de um olhar diferente, introspectivo da natureza, pode ir a este espaço (das 10 ás 19h durante a semana e das 10h às 17h ao sábado) e ai sentir a alma da artista, a alma da mãe Gaia. Exposição a não perder
mms -
IMPRESSÕES DE UM MICROCOSMOS
Perspectivar o mundo é algo muito
subjectivo, já que cada um se molda na visão que desenvolve pelos seus prismas
pessoais, transformando o que parece realidade numa recriação quântica/ virtual
individual ou de grupo.
A imagem para mms (Margarida Macedo de
Sousa) é o reencontro da sua alma, no prazer de captar o belo, não como
estrutura codificada pelos conceitos, mas impressões do macrocosmos, pela
ampliação do microcosmos do seu jardim. Procura na fotografia, um prazer que a
preencha na sua criatividade estética, viajando, com a ajuda das lentes
"macro", pelo mundo floral na busca de novos universos, dentro desses
mundos reais que se podem recriar na perfeição das suas formas, cores e
impressões visuais. O resultado dessa visão floral é estonteante na sua beleza
multiforme impressionista em que a harmonia etérea dos esfumados, desfocagens,
profundidades de contrastes e cores nos levam para outras concepções
abstratizantes, mais estéticas que realistas, mais oníricas que físicas. mms
não capta, pincela com o olhar, não regista, recria as formas e cores, não
fotografa, pinta com as tecnologias fotográficas. Sem jogar com filtros ou
trucagens, são fotos simples de puro prazer e beleza plástica, quais telas da
natureza.
Tímida e humilde nos seus primeiros
passos fotográficos, alheando-se das questões técnicas, procura a essência da
visão nas perspectivas da cor, no desfoque das luzes, no jogo das sombras e
contrastes. Raiando por vezes a abstracção, procura pelo impressionismo da
"macro", o belo escondido das flores do jardim, do quintal, aquele
quotidiano que nem notamos na correria do dia-a--dia, reconstruindo-o em
pormenores de profunda beleza visual. A simplicidade do belo é o que a atrai
nas suas fotos, comunicando-nos o prazer da alma com que são executadas.
margarida
macedo de
sousa,
natural de Lisboa (1969) é licenciada em Tradução tendo estado toda a sua vida
profissional ligada ao Teatro Nacional de São Carlos nos sectores de
organização/produção, exercendo funções, neste momento, no Gabinete de
Comunicação e Imagem.
Como "gémeos" de signo que é,
os seus hobbies são diversificados, divagando pelas artes artesanais onde a
fotografia ganhou algum destaque nos últimos tempos, seja na captação da vida
onírica dos bastidores líricos, seja no recorte da natureza e detalhes de
viajante do nosso planeta.
Esta é a terceira exposição individual
da artista que se estreou em 2015 no Mês da Fotografia - ImaginArte-Almada,
expondo em 2016 no Espaço "Marujo" em Espinhal - Penela integrada na
XXVIII Feira do Mel do Espinhal, assim como na colectiva "ADN" no Mês
da Fotografia - ImaginArte - Almada. Em 2017, para além desta exposição no
Atmosfera M de Lisboa, tem agendadas para Maio no Espaço Atmosfera M - Porto,
para Junho na Fábrica de Alternativas - Algés, para Setembro... novas mostras.
Rosário Breve Rosário Breve n.º 500 (mais um século) por Daniel Abrunheiro
Sim,
verdade: esta é a crónica n.º 500 da série Rosário
Breve. Parece mentira. Quinhentas semanas aqui. Se é um privilégio não
escrever para a gaveta, redobrado privilégio é fazê-lo na e para a última
página deste Jornal. Sinto profundamente isto que aqui deixo dito. Faz em Maio
próximo dez anos que aqui dei por publicada a primeira coluna. Estranha coisa:
uma década esfumada assim, assim como se nada fosse. No entanto, cá cantam, nos
ossos e no gasto de tantos lápis, esses dez anos. É com alguma perplexidade que
conto cinzas. Quinhentos prumos de fumo, quinhentas miradas, quinhentos
grandes-tudos & quinhentos pequenos-nadas. Adiante, todavia.
Adiante
neste sentido: por felicíssima coincidência, esta crónica n.º 500 alinha-se em perfeita
esquadria com uma outra efeméride que, essa sim, ilumina solarmente a minha
vida – segunda-feira próxima, 10 de Abril, é o centenário do nascimento do
senhor meu Pai. 500x100, portanto. Esta crónica só poderia ser deposta a seus
pés. Mais do que um bom homem, o meu Pai foi um homem bom. A alteração do lugar do adjectivo diz (quási) tudo dele.
Daniel dos Santos Abrunheiro nasceu a 10 de Abril de 1917, morrendo a 24 de
Abril de 1994. Se em sorte me couber o total de anos que foi o dele, tenho
’inda mais 24 para fazer sombra pelo chão, honrando-lhe o nome até quando, à
imitação dele, estiver dormindo.
Encerro com
um texto que lhe dediquei há uns anos já. Antes, todavia, deixo este recado ao
meu Leitor: sou-te profundamente grato – sim, a ti, que tanto lápis me fazes
gastar em prol de uma gaveta que não preciso de abrir.
Tesouro
Vi os olhos do meu pai na cara de um homem que
passava na rua.
Durou pouco, o regresso desse olhar de cão
batido.
O homem olhou-me com um olhar que já era o
dele.
Fiquei parado na rua.
Fazia sol.
O meu destino, que na altura era ir ao
multibanco, tinha perdido o sentido, como todos os destinos.
Os olhos do meu pai, caramba.
Estes anos todos sem ele, e ali estavam os
olhos.
Preciso sempre de uma explicação.
Preciso sempre de saber tudo.
Continuei parado ao sol, à espera de perceber.
Não durou muito, a explicação.
Eu tinha parado diante de uma montra espelhada.
O sol devolvia-me todo um corpo de vidro e luz
parecido comigo.
Olhei-me os sapatos, os joelhos, a aba do
casaco, a gravata, a cara.
Nessa cara alheia, lá estava outra vez o olhar
do meu pai.
Nunca mais volto ao multibanco.
Nunca mais vou precisar de dinheiro.
Um tesouro olha por mim.
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