sábado, 22 de novembro de 2014

Ciclo de Tertúlias Humor, Desenho e Gastronomia - No âmbito da exposição Bordalo à Mesa

Entrada Gratuita

Galeria do Museu Bordalo Pinheiro
Campo Grande, 382 - Lisboa
O Museu Bordalo Pinheiro apresenta o Ciclo de Tertúlias Humor, Desenho e Gastronomia, no âmbito da exposição Bordalo à Mesa, comissariado por Eduardo Salavisa e Rita Pires dos Santos. Teremos a participação de diversos convidados ligados à ilustração, jornalismo, desenho, entre outros, promovendo o diálogo em torno do humor, desenho e da gastronomia, conforme o seguinte programa:

26 de novembro às 19h, quarta-feira
Quem conta as histórias da nossa comida?
Alexandra Prado Coelho (Jornalista)

3 de dezembro às 19h, quarta-feira
Uma viagem desenhada pela América Latina
Eduardo Salavisa (Aquele que desenha)

10 de dezembro às 19h, quarta-feira
Risotto ma non troppo
Augusto Cid e Mónica Cid (Ilustradores)
A exposição BORDALO À MESA incide na obra multifacetada de Rafael Bordalo Pinheiro, espelhando o seu gosto por estar à mesa e apreciar a boa gastronomia. Mas também regista a dieta alimentar, a culinária, os espaços de consumo e a etiqueta à mesa, do último quartel de Oitocentos.
No desenho, pintura e cerâmica de Rafael Bordalo, estão representados os alimentos e as bebidas que se compravam, do tradicional mercado de rua até aos armazéns de víveres. O artista concebeu rótulos, embalagens e, sobretudo, anúncios que publicava nos seus jornais. Registou hábitos alfacinhas de “ida às hortas” provar petiscos e, também, à mesa do café ou do restaurante de chef, homenageando João da Mata. Não esqueceu os espaços domésticos, a cozinha e o seu fogareiro, ou a mesa da casa de jantar.
A gastronomia serviu para inúmeras metáforas de crítica política. Expressões como “castanha da boa”, “caldo entornado”, “desaguisado”, “escamado” são reforçadas pelo desenho, resultando num humor hilariante. Caso à parte é o prato de “carneiro com batatas”, apontando estratégias eleitorais. A metáfora social está na denúncia dos excessos alimentares, em particular do bêbado, ou é sintetizada nos figurinos para teatro, paradigmaticamente no efeminado “pêssego” e na cocotte “ceia”.
Dos banquetes de homenagem não só deu notícia, como os decorou e compôs graficamente menus, caricaturando afetuosamente os convivas e autorrepresentando-se, entre objetos sobredimensionados da culinária e da mesa, suscitando o humor.



Galeria do Museu Bordalo Pinheiro - Campo Grande, 382, Lisboa | Tel. 21 817 06 71 |museu.bordalopinheiro@cm-lisboa.pt

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