Diz-me
que coleira trazes ao pescoço, dir-te-ei que espécie de cão trazes ao(s) pé(s).
É
o que me ocorre considerar à vista dos “especialistas” a que recorre e de que
se socorre o nosso primo-ministro para decidir coisas mínimas como chá sim ou
não ao desjejum e upa 15 por cento de desempregados upa upa. É o caso do
esTSUpido-mor chamado Borges. Ou Toninho, para os amigalhaços de colarinho
branco de cujo monturo irreciclável a sua triste figura emana como um miasma
febricitante.
Nimba-o
a aura equívoca dos predestinados ao disparate grosso, à aleivosia malsã, à
dispepsia moral e à tendência para engelhar. Lacra-lhe a testa o ferrete
irremovível da abstrusidade a mais córnea. Os bracinhos, mexe-os por arames,
cujo oculto títere é esse papão da nossa sopa de eternas crianças chamado
Capitalismo Selvagem. Os pés dele são botos e calcinados do uso excessivo da
alcatifa eléctrica, para além de esburacados de zagalotes auto-infligidos . A
boca, de que surdem os tais tiros direitinhos aos pés dele e aos pés do patrão
dele, é uma fenda má que só apetece beijar com babas de cianeto.
É
destas pardas eminências que devemos todos livrar-nos de vez à viva voz, antes
que elas dêem de vez cabo de nós.
Ao
inócuo Sampaio, mandámo-lo para Guimarães forrar um balúrdio à conta da
“cultura” boa para papa & bolo de espanta-parolo.
Ao
católico Guterres, mandámo-lo a ser bonzinho no meio das tendas da caridade ao
vento de restos do deserto do quintal traseiro da ONU.
Ao
rotundo Soares, não o mandámos para lado algum porque ele já lá foi pelos menos
três vezes no avião presidencial que a gente pagou, paga e há-de pagar.
Ao
inapreensível (ou inimputável) Sócrates, mandou-nos ele de Paris saber que a
Sorbonne não é nenhuma Lusófona ainda mas para lá caminha à mecha toda.
Mas
a este Toninho, que, que a gente saiba, ninguém elegeu fosse para o que fosse,
mandamo-lo para onde? (Sim, leitor, eu sei que resposta se te configurou, cerce
e mortífera, na tua boca calada de mirone de última página. Concordo contigo,
sempre te digo.)
Ontem
à noite, abordando as primícias desta crónica, dei por mim acidulando sentenças
talvez desmoralizantes do tipo: “Deveríamos todos ajoelhar-nos ante o Passos
Coelho. Porquê? Porque ninguém muda um pneu furado de pé.” Ou aquela que
descobria que o Guterres vai voltar a ser nosso Primeiro: como foi para os
Refugiados, mais dez milhões não hão-de fazer grande diferença ao santinho. Ou
aquela ainda que assentava que é mau gastar o Tempo a Gaspar o futuro.
E
à guisa de epílogo, aquela mais confiante e mais combativa que reza assim:
“Quantos mais passos na rua, menos coelhos na toca.”
E
é claro que quando digo “coelhos”, também digo “toninhos”.
O
que é preciso é que seja depressinha.
E
de vez, chiça.
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