No dia da inauguração no Espinhal quem lá estebe pode receber um catálogo com o selo comemorativo e o carimbo do dia
sábado, 27 de setembro de 2014
Fotos inauguração da IV Bienal de Humor Luís d' Oliveira Guimarães - Penela 2014 com o tema "Liberdade" agora no Centro Nacional BD e Imagem da Amadora até 17 de Outubro
Instalação alegórica criada pelo Agim
Sulaj da sua obra premiada em Penela
Momento oficial de discursos com o
Presidente da Junta do Espinal António Alves, o Vice-Presidente da Câmara
Municipal de Penela Emídio Domingues, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal
da Amadora António Moreira, a Directora do CNBDI da Amadora Cristina Gouveia o
Director Artístico da BHLOG-Penela Osvaldo Macedo de Sousa
Momento em que o Vice-Presidente do
Municipio de Penela e Presidente da Junta do Espinhal entregam aos representantes
do Município da Amadora recordações e produtos da região de Penela
domingo, 21 de setembro de 2014
Rosário Breve - Isto das cores por Daniel Abrunheiro
Na
mesa em frente à minha, um homem doente. É quase ’inda rapaz: uns bons (ou
maus) quinze anos deve ele perfazer a menos dos meus. O rosto dele é um clarão
sanguíneo. A moção gestual dele é muito lenta – como se até o ar lhe doesse. De
que sofrerá? De estar vivo naquele corpo, talvez. Tomou (mas não lentamente!)
um copo alto de café-com-leite. Ei-lo a respirar do esforço. O copo de água
atira-lhe quatro comprimidos (um azul, um verde, um rosa e um prateado) para o
labirinto gástrico (vermelho-negro). O olhar dele é feito de duas ilhotas
pretas sobre nácar coagulado. A roupa é de lavada decência – alguém (a mãe?)
trata dele ainda. Usa ao pescoço um fio religioso que lhe pesa na cerviz: Deus
custa quilogramas na aflição. Tomou-o cedo de mais a terminação: o meu Leitor e
eu, é a um moribundo que assistimos.
Repórter
coscuvilheiro, junto da patroa do botequim indago dele. Diz-me ela que o rapaz
é de família de bem & de bens. Mais me conta que, de quatro filhos, é ele o
último. Último duas vezes: porque dos quatro o mais novo e porque único desde
que, aos três outros, os finou aquela maleita irreciclável da turbina cardíaca.
Chega
entretanto à esplanada a minha pomba das sete e dez. Veio com a alba no bico. É
lustrosa fêmea: maciça, virente-plúmbea, duas graciosas dedadas de tinta
permanente na junção posterior das asas. Cabeça muito viva, mui latina, mui
ladina. Mesmeriza-me sem pudor: quer do comer que sabe ela lhe trago eu no
saco. Faço-a esperar um pouco: estou a escrever para o meu Leitor. Ela
circunvagueia como um polícia aborrecido da vida. Pica do chão, por desfastio,
uma migalha invisível. Sinto a indignação a crescer nela. Mas, por me faltarem
dois parágrafos crónicos, haverá de esperar um pouco mais.
Quando
dela aparto o olhar, descubro, para serena mágoa minha, que se foi já embora o
moço do atávico coração. Ei-lo longe já além, além passando milimetricamente a
passadeira. Causa ele uma fila nervosa de carros impacientes: ser automobilista
é não cuidar do coração. Perdi-o. O meu Leitor perde-se dele. Não voltaremos,
talvez a escreve-lê-lo. Resta-nos a pomba. São sete e dezassete da manhã, sete
minutos a demorámos já.
Vou
ao saco. Tenho arroz para ela. Quatro singelos bagos tenho eu para ela: um
azul, um verde, um rosa e um todo de prata – como só ela.
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
IV Bienal de Humor Luís d'Oliveira Guimarães - Penela 2014 - Festa da Cariicatura na Feira do Mel do Espinhal
Festa da Caricatura no adro da Igreja Matriz do Espinhal
Santiagu
Henrique e Eugénio Soares
Henrique
Agim Sulaj caricaturando Manuel Freire
A Banda Filarmónica do Espinhal tocou especialmente uma musica para os caricaturistas
Onofre Varela e Santiagu
GHOSTS OF DADA Stane Jagodič / Roberto Kusterle / Ladislav Postupa
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Stane Jagodic
Kunaverjeva 12, 1000
Ljubljana
Breve BIOGRAFIA DE MENEZES FERREIRA por. Osvaldo Macedo de Sousa
João
Guilherme de Menezes Ferreira (Lisboa 26/10/1889 – 15/12/1936) – Militar de
carreira que participou na Revolução do 5 de Outubro e na Grande Guerra na
frente africana (Angola) e europeia (França) como especialista de metralhadoras,
acções que lhe valeram várias condecorações e promoção a Capitão. Na década de
vinte especializar-se-ia como “observador aéreo” e nessa arma participou na
revolta de fevereiro de 1927, cuja acção o empurraria para a Reserva.
Nas
artes ficaria conhecido, dentro do modernismo, principalmente pela sua temática
militar, sendo mesmo o maior defensor da honra dos que participaram na primeira
Grande Guerra. Integrando o grupo que se reunia na revista “A Sátira”, foi com
eles o fundador da Sociedade dos Humoristas Portugueses, participando em todas
as suas exposições de Lisboa (1912, 1913 e 1919). No âmbito das exposições
colectivas de registar também a sua presença num IV Salão dos Humoristas –
Lisboa de 1924 e no Salão dos Humoristas do Porto de 1926, para além do Salão
de Outono de 1926, 25ª Exp. Geral da SNBAL 1928, 26ª Exp.
Geral da SNBAL 1929 e I Exposição dos Independentes de 1930. Em 1919 e 1920
realizou exposições individuais no Salão Bobone de Lisboa, em 1929 nos Grandes
Armazéns Nascimento do Porto e em 1935, uma grande retrospectiva na SBNA de
Lisboa. No total das exposições foram contabilizadas mais de 200 títulos.
Na
imprensa estreou-se em “O Avante” de 1910, prosseguindo colaborações
esporádicas em “A Sátira”, “Riso da Vitória”, “Diário de Lisboa”, “ABC”, “Espectro”…
ou “Gazeta Desportiva”, “Diário da Tarde”, “Voz dos Estoris”, “Voz do
Combatente”…
No
universo editorial para além das capas dos livros “Rápido Bosquejo da Grande Guerra” de António Maria de Figueiredo
Campos e “Tropa d’Africa” de Carlos Selvagem, escreveu, ilustrou e paginou os
álbuns: “João Ninguém, soldado da grande guerra”, “O Fuzilado”, “Aventura Maravilhosa de Gago Coutinho e Sacadura Cabral”,
“Um Conto de Natal”, “Á Luz do Lampadário” e “As Tradições do Colégio Militar”.
Crónica Rosário Breve - Ou estudo ou nada por Daniel Abrunheiro
Felizmente, o meu curriculum académico não compreende (no
sentido duplo de conter e de entender) qualquer cadeira da
“universidade” de Verão da JSD.
Digo felizmente com exactidão: por ser feliz que me sinto com a memória
dos meus professores sérios e com a certeza de ter usufruído de uma pedagogia
humanista só p’ra pessoas. A autognose que hoje posso mostrar ao espelho
enquanto raspo o pelame dos queixais deriva de um lar sólido (ou”estruturado”,
como agora é moda dizer), de uma escola perto e de uma vontade de aprender de que
os anos não são capazes de vergar o espinhaço.
Se a infelicidade me tivesse feito
cursar a tal “universidade” gaiato-citrina, eu seria hoje um palerma vácuo, um
enforcado de gravata, um imbecil irresgatável, uma lesma sintáctica, um caracol
morfológico, uma besta vesga, um assessor solícito, um acólito castrado, um
invertebrado viscoso, um orador afónico, um esterco perfumado, um balão sem nó,
um tumor com pernas, uma unha do polegar roída por prótese dentária, um nojo
literário, um asco de cavalheiro, um cônjuge corno, uma anorexia idiomática, um
assinante do (Amigo do) Povo Livre, um
paulo-bento-contra-a-Alemanha, um dos responsáveis pelas barreiras de Santarém,
um mata-peixes da Vala de Almeirim, um palerma televisivo, um infante sem
infância, um programador do CITIUS,
um ortógrafo indigente, um arrumador a 20 cêntimos no estacionamento
subterrâneo do Jardim da Liberdade, um turista da Águas de Santarém, um colunista de O Mirante, um bilheteiro do teatro Sá da Bandeira, um
actor-fantasma no Rosa Damasceno, um vizinho tê-zero daquele rapaz-escrivão da
Golegã, um artolas patusco da luta contra a corrupção no Cartaxo, um padre sem
fé mas deixai-vir-a-mim-as-criancinhas, um incendiário da Barquinha, um
toureiro zoófilo – e, enfim, um jove’ social-democrata.
Vale-me que tal infelicidade seja,
no meu caso, do mais alto grau de improbabilidade. A escola ensinou-me a pensar
com os olhos. As pessoas não me são estranhas. O social não me aparece como
alienígena. A pobreza material não é por mim encarada como sinónimo directo de
miséria moral. Eu não vou ali ao Gambrinus
canonizar um sucateiro. As escutas que me fizerem ao telefone não me ocultarão
a verdadeira face. Nisto de faces, se me baterem numa eu não dou a outra, mas
troco sim – e a dobrar.
Sempre que a JSD faz uma
“universidade” de Verão, o Verão acaba. E a universidade também. Cada vez que a
JSD diz a palavra “universidade”, as pessoas sérias pensam no Relvas. A
“universidade” de Verão da JSD está para a universidade verdadeira como a Festa
do Avante ser não na Quinta da Atalaia mas na Cova da Iria.
Ou numa das barreiras de Santarém.
Portugueses na Grande Guerra de Baptista Mendes numa edição Arcádia
PORTUGUESES NA GRANDE GUERRA - Edição Arcádia. Autor: Baptista Mendes, e um honroso prefácio pelo General Loureiro dos Santos.
"Portugueses na Grande Guerra (1914-1918)" marca o tão esperado regresso de Baptista Mendes aos escaparates, por atento gesto da editora Arcádia (grupo Babel).
Neste álbum, há a compilação de histórias publicada de um certo modo solto no "Jornal do Exército" e também alguns inéditos expressamente elaborados para esta edição. O valoroso na temática é que aqui se registam episódios e personagens reais de Portugal na sua tão sacrificada participação no dramático primeiro grande conflito mundial. Portugal estava neutro, muito embora já combatesse os alemães no norte de Moçambique (na fronteira com o então Tanganica) e no sul de Angola (na fronteira do que hoje é a Namíbia). Por "venenosa" pressão da Inglaterra,
Portugal acaba mesmo por declarar guerra à Alemanha. E foi o que se viu e que se sofreu!...
É importante que, ao menos através destes exemplos pela Banda Desenhada de Baptista Mendes, os portugueses recordem, melhor, fiquem a saber, sobretudo as novas gerações, toda essa sacrificada heroicidade de gente nossa.
sábado, 13 de setembro de 2014
1º Concurso de Stand Up Comedy - Espinhal 2014 integrada na IV Bienal Luís d'Oliveira Guimarães - Penela 2014
O Comediante e apresentandor Onofre varela na sua actuação
O Presidente da Câmara Municipal de Penela Luis Lourenço Matias entregando o 1º Prémio do concurso a Miguel Ribeiro do Porto
Os galardoado do I Concurso de Stand Up Comedy - Espinhal 2014 : Guilherme Duarte (3º Prémio), Miguel Ribeiro (1º Prémio) e Jorge Moura (2º Prémio)
Fotos da Festa da Caricatura da IV Bienal de Humor Luís d'Oliveira Guimarães - Penela 1014 na Casa do castelo (Espinhal)
Santiagu fazendo caricaturas
Zé Oliveira fazendo caricaturas
Mihkail Zlatkovsky caricaturando Agim Sulaj
O resultado final
os artistas Henrique, Santiagu e Agim Sulaj
os artistas Eugénio Soares, Henrique, Santiagu e Agim Sulaj
Os premiados da IV Bienal de Humor Luís d'Oliveira Guimarães Penela 2014 junto à suas obras (Agim Sulaj, Mihkail Zlatkovsky e Henrique Monteiro)
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Exposição Menezes Ferreira Capitão das Artes no Museu Bordalo Pinheiro de Lisboa
Após dezoito anos de luta por resgatar o nome de Menezes Ferreira do esquecimento, vai-se finalmente concretizar, após dois anos de investigação mais profunda, a sua exposição retrospectiva no Museu Bordalo Pinheiro, onde regresso após mais de uma decada de ausência.
Estas são fotos de algumas fases de montagem
Aqui o mesmo grupo, agora com Mariana Almeida que também pertence à equipa do Museu. O único elemento estranho ao Museu sou eu mesmo, o ideólogo, produtor e finalmente com o tintulo pomposo, o Comissário.
Estas são fotos de algumas fases de montagem
Elementos que trabalharam nesta produção: Osvaldo Macedo de Sousa, João d'Alpuim Botelho, Pedro Bebiano, André Maranha
Aqui o mesmo grupo, agora com Mariana Almeida que também pertence à equipa do Museu. O único elemento estranho ao Museu sou eu mesmo, o ideólogo, produtor e finalmente com o tintulo pomposo, o Comissário.
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